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Proposta: Matéria para Blog RPantone

  • Fabiene Mattos
  • 28 de jan. de 2016
  • 4 min de leitura

Talentos da Casa 2015 - Entrevista com Marcelo Silveira

Foto: arquivo pessoal

O RPantone conversou com Marcelo Silveira Bagdanavivius, formado em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), pós-graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Com 10 anos de experiência na área de comunicação e pesquisa de mercado, exerce atualmente a função de analista de comunicação e marketing do CONECTA, unidade de pesquisas online do IBOPE Inteligência.


O profissional bateu um papo com o blog e contou tudo o que aconteceu em sua carreira até agora, desde que se formou em 2007:


As coisas na minha carreira foram acontecendo aos poucos. Eu queria fazer o curso de relações públicas para trabalhar com entretenimento, mas no início da carreira a gente quer estagiar, fazer emprego e aceita as primeiras oportunidades que surgem. Comecei, então, estagiando na área de pesquisa, depois fui trabalhar com assessoria, quando vi estava indo para o lado do marketing, vesti essa camisa e gostei.


Na graduação de relações públicas, aprendemos um pouco de tudo na área de comunicação, então senti falta de me especializar em alguma área. Portanto, como meta em médio prazo, estabeleci que deveria fazer uma pós-graduação. Fiz a pós na área de Marketing e hoje em dia quero focar mais na área de comportamento de consumidor, agora quero estudar um pouco mais sobre esse comportamento. Traçar metas é muito difícil, porque nosso mercado é bastante dinâmico. As minhas metas profissionais hoje são focadas dentro da empresa onde trabalho no momento. Não estabeleço planos de carreira.


Marcelo concede entrevista ao RPantone Foto: Marina Gonzaga

Eu acredito que o mercado de trabalho do RP é promissor. Ouço isso desde que me formei, mas o contexto que temos vivido ultimamente, principalmente essa era das mídias digitais, essa oportunidade que as pessoas possuem de se manifestarem mais, nos mostra como a profissão é importante. Nós, como relações públicas, temos o papel de mediar essa liberdade digital, então, tende a aumentar a visibilidade. Formei-me em 2007 e desde essa data ainda acho que o mercado precisa se unir pra mostrar o valor do RP, a utilidade, o objetivo desse profissional e a importância que carrega com ele. O mercado hoje em dia está mais profissional do que na época que terminei a faculdade, mas se está mais amplo tenho minhas dúvidas, porque muita gente que não é dessa área, entra e executa esse papel. Talvez falte a presença de um conselho ou algo do tipo para cumprir e impor mais a nossa profissão.


Somos mais reconhecidos, mas temos ainda um caminho muito longo pela frente. As empresas muito consolidadas já conhecem a profissão, a importância dela, mas observo que dependendo do mercado, do porte da empresa, (infelizmente é um pouco ruim até falar sobre isso) a necessidade de um profissional de comunicação não é estabelecida com a contratação de um RP; se vier um profissional de marketing, jornalista, um publicitário, já está muito bom. Existe um mix muito grande, muita gente capacitada a realizar qualquer tarefa.


Duas experiências me marcaram profissionalmente. A primeira quando trabalhei com assessoria no gabinete do prefeito Kassab, quando foi estabelecida a lei “cidade limpa” e eu vesti a camisa porque achei a iniciativa muito bacana. Ao mesmo tempo, me trouxe uma experiência de vida muito grande, porque trabalhar na administração pública é muito interessante, a visão dessa área é diferente. Nunca pensei em trabalhar nessa área e eu aprendi muito.

E a segunda, foi quando eu entrei no IBOPE. Não entrei trabalhando na área de comunicação, mas sim em um departamento pequeno lá dentro. Então, fui convidado a montar um departamento especializado em comunicação e marketing, que existe até hoje. Foi um marco pra mim, um desafio imenso poder coordenar e acompanhar a criação do departamento de comunicação do IBOPE.


Esse departamento deu vida, em 2011, à empresa CONECTA, que atualmente trabalha com mídias digitais. É importante dizer que a CONECTA é um braço de pesquisas online do IBOPE, mas, por atendermos concorrentes, outros parceiros, foi necessário criar um nome e uma identidade visual diferente.


Hoje temos um painel de internautas que respondem nossas pesquisas com mais ou menos 350 mil pessoas. Nossa função é cuidar desse relacionamento, full time, tanto por mídias digitais, e-mail, fazendo ações de comunicação direta com eles, quanto pela comunicação institucional. Somos os responsáveis por fazer a apresentação institucional, folders e qualquer peça pra eventos ou até mesmo pra prospecção da área comercial.

Marcelo e sua estagiária Stéphanie Oliveira no Talentos da Casa 2015 Foto: Marina Gonzaga

Além disso, cuidamos da parte de recrutamento de pessoas pro nosso painel, por meio de parcerias, como o Catraca Livre e MTV. Fazemos diversas ações de comunicação e marketing que tem como objetivo principal prospectar e fidelizar, porque as pessoas que estão no nosso painel, são a essência do nosso dia a dia no trabalho.

Por ser uma plataforma online, a CONECTA carrega pontos positivos e negativos que devemos levar em consideração. Em relação à parte financeira, é muito mais barato, porque a logística do offline é muito difícil, assim o preço online se torna um atrativo. A rapidez é um ponto forte também, porque atingimos mil pessoas em dois dias se for necessário. Ao mesmo tempo, a pesquisa online ainda não é representativa, porque representa os internautas brasileiros, mas não a população brasileira.

O online é bom por ser mais interativo, as pessoas tendem a serem mais sinceras quando temos que tratar de temas sobre drogas, opiniões polêmicas. Além do que é mais gostoso, porque nos permite brincar, pode-se responder a hora que quiser, quando estiver disposto. Podemos fazer questionários com games, divertidos, o que torna a pesquisa mais interessante.

Mas, apesar da pesquisa de rua ser mais maçante e chata, ainda vivemos uma mudança cultural. Alguns de nossos clientes ainda querem passar o mesmo questionário offline para o online, ou seja, pesquisas de 40 minutos, o que é impossível no online de ter sucesso. E o ambiente online muda constantemente, pois não é mais como a quatro anos que a gente enviava e respondia a pesquisa por e-mail. Hoje temos que correr atrás de tentar responder via facebook, via mobile. Muda muito e temos que acompanhar as tendências para não deixar furos com nossos clientes.

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