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Hibridação Cultural

Para a esse processo de hibridação cultural, Canclini procura achar alguns motivos que definam o porquê desse acontecimento. Apesar da complexidade do assunto, o autor consegue explicar o processo de hibridação devido a três razões: a primeira razão seria a queda dos grandes centros disseminadores de cultura, com essa variedade cultural crescente no mundo, não há mais um grande centro que transmita a cultura e que a emita de forma homogênea, provocando assim uma pluralidade de culturas, quebrando o padrão antigo da sociedade; a segunda razão é a disseminação de gêneros impuros, tomando como exemplo os ritmos musicais, podemos perceber que diversos ritmos se misturaram com o tempo e se espalharam, criando uma variação nova de ritmos ao redor do globo. O mesmo pode ser visto na cultura, a mistura de costumes causou uma disseminação de gêneros misturados, causando uma variação cultural muito rica; a terceira razão é a desterritorialização.

 

O conceito de desterritorialização, consiste em adotar um chamado “olhar estrangeiro” para as coisas à nossa volta. Segundo Ianni. (1996, p.169) “… o sujeito do conhecimento não permanece no mesmo lugar, deixando que seu olhar flutue por muitos lugares, próximos e remotos, presentes e pretéritos, reais e imaginários”. Partindo da ideia de que território é aquele espaço de estabilidade e organização, a ação de desterritorializar é uma ação de desordem, de fragmentação para buscar encontrar novos saberes, menos instituídos, adotando uma percepção diferenciada, que está pronta para descobrir novas ideias além das previstas.

 

 

 

O estudioso considerava o consumo como uma das principais características da cultura contemporânea. O autor defendeu o polêmico conceito de relativismo cultural. Segundo ele, todas as culturas possuem formas próprias de organização e características que lhes são intrínsecas, embora possam nos parecer estranhas, devem ser respeitadas. Neste segundo sentido, sua postura naturaliza a cultura humana. Para Canclini, uma das principais questões atuais é a de como promover interações culturais democráticas de longo prazo, considerando as últimas décadas da história latino-americana.

 

O autor chama atenção para os papéis desempenhados pelas indústrias culturais e pelas cidades. Percebe-se que ele priorizou a cultura criada por estas últimas, desconsiderando a importância dos aspectos culturais do campo, por exemplo. Abordou, também, a importância do estudo da identidade, que é organizada pelos vários grupos sociais. Pensa-se, ao contrário do autor, que este conceito é uma construção, definido de acordo com os interesses vigentes.

As culturas se "mesclam" e

estão em constante movimento.

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